Pode parecer simples, mas não é, viver é algo que por mais que para muitos é natural, para outros que atendo não é, é difícil, caro, custoso. Na realidade, em nossas vidas, muitos apenas existem, não vivem, como diria o poeta Oscar Wilde. O que seria viver? Destaco algumas coisas, tais como relacionar-se, empenhar-se em algo, ter um hobbie, uma vocação, um interesse, estar ativo na realização de algo em poucas palavras. Focada mais no vestibular que no autodesenvolvimento, muitas escolas não ensinam inteligência emocional, autoconhecimento, cabe a vida, a família, a comunidade, a mídia e a literatura.

Nesta semana começou-se a leitura do livro da Bíblia Levítico, Vaikra. Vaikrá pode ser traduzido como ele falou e quem falou? Nossa própria essência, nossa alma que nunca adoece e pede por conexão, conexão que no período do Templo era através dos korbanot, oferendas do templo que também podem significar sacrifícios ou aproximação para D’us. Qual reflexão podemos adquirir para nossas vidas dessa passagem?

Muitos perguntam, existe cura para depressão Felipe? Cura não existe, mas existe “antídoto” e o antídoto é dar-se. Claro que não é algo fácil, é uma batalha diária, logo da mesma forma que existia diferentes tipos de oferendas para o Templo, pode não ser fácil, mas é importante passarmos a nós dar para diferentes coisas, causas, objetivos. Moshe Chaim Luzzato diz que a dedicação e o entusiasmo podem vir de nosso interior, da mesma forma pode vir de algo exterior, ao fazer algo para além de nós mesmos, o desejo e anseio podem vir. Como diria Viktor Frankl é necessário que seja algo que nos dê sentido, um porque para conseguir lidar com os como que enfrentamos, logo um porque que envolva a ação sobre outra pessoa, não nós mesmos.



Qual esse porque? Como conseguir encontrar um sentido, propósito? Como lidar com os pensamentos que me impedem de conseguir me dar mais para as coisas? Eis uma boa questão para tratarmos em nossa sessão do Descobrindo o Sentido.